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O PAPEL DA FAMÍLIA NO NOSSO DESENVOLVIMENTO

Nosso primeiro contato, quando chegamos ao mundo, é com a nossa família. Este é o primeiro grupo que vamos conviver ao nascer e é com este grupo também, que aprenderemos sobre afetividade, sobre autopercepção, sobre como interagir com o outro, vivenciar alegrias e tristezas, o amparo, o refúgio, o incentivo, o apoio, entre outras emoções e sensações. A família vai contribuir com grande parte da construção da nossa personalidade e nossa maneira de ser e agir no mundo. Olha só a importância da família na nossa vida.


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A primeira experiência afetiva é dada pelo cuidador, que pode ser o pai, a mãe, os avós ou outra pessoa. O bebê quando nasce tem tendência de criar fortes elos emocionais com seus provedores de cuidados, e estas relações possuem um valor de sobrevivência.

Este vínculo é essencial para o desenvolvimento psicossocial desta criança e esse desenvolvimento é o que possibilita também no desenvolvimento do comportamento de exploração que é essencial para o processo de aprendizagem.


John Bolwby relata os resultados de estudos psicológicos com crianças separadas de suas mães durante os bombardeios na Segunda Guerra Mundial. As crianças separadas das mães por motivos de segurança tiveram mais prejuízos emocionais do que as que presenciaram os bombardeios, estando ao lado de suas mães.


Toda a experiência que a criança vive dentro da família pode trazer benefícios ou malefícios ao longo de sua vida, inclusive na forma como ela será na fase adulta. Alguns vão para o mundo de maneira segura, explorando o novo, com boa autoestima, outros já se sentem mais inseguros, com medo, com dificuldades de enfrentamento, baixa autoconfiança, outros mais cautelosos, outros mais impulsivos e inconsequentes… Não podemos deixar de considerar a personalidade de cada um e no peso disso no comportamento das pessoas, mas a educação da família tem uma grande influência nesta forma de ser e se comunicar com o mundo.


Tudo o que a criança vai se tornar, grande parte vem do que ela aprende dentro da própria família, se ela aprende que deve ser educada e respeitar as pessoas mais velhas, ela vai levar esta memória pra vida e isso vai contribuir para suas relações, respeitando seus professores, colegas, entre outros. Se uma criança é ensinada a não pegar o que não é seu, provavelmente ela aprenderá a não repetir esta ação. Mas, se, ela não for corrigida de seus comportamentos inadequados ou não tiver limite, ela vai entender que pode fazer o que quer e levará isso para as suas relações.

Vale pensar quais princípios e valores a família não abre mão para reforçar esta atitude na educação dos filhos. A aprendizagem da criança é lenta, requer paciência e acontece de forma gradativa. Podemos dizer que são sementes que os pais plantam nos filhos e regam todos os dias. E para que vire hábito é necessário praticar e fortalecer a aprendizagem.


Crescer em uma família onde tenham relações de respeito, amor, afeto, diálogo, ajuda mútua, valorização do outro, harmonia, intimidade e valores, capacita os filhos a estabelecerem boas relações com os outros, dando sentido à vida. Família é muito mais do que a soma de seus membros. Assim, cada um precisa fazer algo por ela, a responsabilidade é de todos e isso deve ser ensinado. A ideia não é encontrar culpados por aquilo que não der certo, mas pensar o que de melhor cada um pode dar de si para chegar ao objetivo comum que tenha sentido para todos os envolvidos e resulte na criação de pessoas mais equilibradas e felizes.



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